terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Virtudes da Tradição Nórdica (parte 3)

(Mas que poderiam ser virtudes cultivadas em qualquer tradição...)

2.   EFICIÊNCIA: Empenhar-se no trabalho e trabalhar bem é uma velha virtude em várias culturas. Nem todo trabalho é para riqueza. O trabalho voluntário contribui para a comunidade sem necessariamente fazer dinheiro. Nem você precisa se tornar fanático pelo trabalho. O mais importante é que o trabalho seja feito de modo confiável e da melhor maneira possível.

3. AUTOSSUFICIÊNCIA (Independência): É preciso uma certa independência de espírito se quisermos fazer a nossa parte. Ser autossuficiente não significa que não precisamos dos outros, mas sim que somos autoconfiantes. Fazemos nossas próprias opções e somos capazes de agir por iniciativa própria. Em termos práticos, essa virtude significa que devemos ser economicamente independentes ou, se mantivermos relacionamentos onde contribuímos de modo monetário, que devemos ter as qualificações para sustentar a nós e a nossos dependentes se for preciso.

4.   PERSEVERANÇA: Pode ser a Virtude mais importante, já que é a qualidade mais necessária se a pessoa quer ter uma relação produtiva com os outros. Ter perseverança é ser resistente, insistir, não largar, manter o curso, cumprir o trabalho. Isto não é uma virtude de ostentação, não é o tipo de coisa que nos vem primeiro à cabeça quando estamos falando de heróis, mas sem ela, poucos heróis durariam tempo suficiente para conquistar o título. Na vida diária, é a qualidade que nos mantém arando os campos, lavando os pratos, pagando as contas e cumprindo todas as tarefas intermináveis, exasperantes, que não trazem qualquer glória, mas conservam a família e a comunidade em pé.

(PAXSON, DIANA L. Asatrú – Guia essencial para o paganismo nórdico – p. 160-164)
 
OBS: Os excertos foram adaptados por César Pavezzi, mantendo suas significações.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Virtudes da Tradição Nórdica (parte 2)

(Mas que poderiam ser cultivadas em qualque tradição...)

4.     LEALDADE (Fidelidade, Compromisso): Empenhar-se e manter-se leal significa que você permanecerá fiel à sua palavra apesar de todos os contratempos, que os outros podem tanto confiar quanto acreditar em você. Lealdade é um termo para os laços sagrados entre as pessoas e para o laço entre nós e nosso(s) deus(es). Quando praticamos nossa lealdade, não apenas mantemos a palavra dada a alguém, mas oferecemos ajuda, defesa ou seja o que for que ele ou ela precise.

5.       DISCIPLINA (Autocontrole): A pessoa que pode controlar suas paixões, pode orientar outros, evitar problemas, preservar recursos, fazer e executar planos. A autodisciplina nos possibilita agir de forma corajosa e honrada, mesmo quando estamos com medo de fazer coisas difíceis e, às vezes, de fazer escolhas difíceis. Nosso destino é moldado por nossas opções e é a disciplina que nos permite fazer boas escolhas.
(Este primeiro grupo de Virtudes se concentra no comportamento individual, já as próximas quatro Virtudes dizem respeito ao nosso relacionamento com os outros.)
1.       HOSPITALIDADE: Uma das qualidades mais antigas, e que por usa importância, era considerada tanto uma obrigação quanto um privilégio. Hoje ainda a sobrevivência pode depender da generosidade dos que tem recursos suficientes para oferecer ajuda. Como antigamente, uma maneira de ser reconhecido socialmente é compartilhar sua riqueza, fazê-la circular pelas comunidades. Num outro plano, receber bem os que estão viajando é de grande auxílio.
(continua...)

domingo, 6 de janeiro de 2013

Virtudes da Tradição Nórdica (parte 1)

(Mas que poderiam ser virtudes cultivadas em qualquer tradição...)

             Os excertos que vou expor sobre as Virtudes descritas por Diana L. Paxson, autora do guia essencial ASATRÚ, constituem um importante lembrete sobre o quanto o ser humano anda esquecido da prática dessas palavras, bonitas em seu significado e carregadas de comprometimento interior e moral. Não basta que provoquem reflexões, mas sim que sirvam como atitudes norteadoras de nosso cotidiano, já tão conturbado por valores negativos e deturpados. BOA LEITURA e BREVE MUDANÇA DE DISCERNIMENTO a TODOS!

1.     CORAGEM (Bravura): Derrotar o “inimigo”, embora desejável, é menos importante do que enfrentar bravamente o desafio. Os adversários que enfrentamos hoje não são tão óbvios, mas a resolução exigida para fazer difíceis opções morais é a mesma. O que importa não é por quanto tempo, mas vivermos bem ou não.

2.      VERDADE: Os maiores heróis veem o mundo claramente. Às vezes, temos que falar claramente e, outras vezes, a verdade exige que guardemos nossa opinião até estarmos certos, mas sempre devemos nos esforçar para sermos, com relação a nós mesmos, o mais honestos possível. Honrar a Verdade implica que deveríamos ser honestos em nossa conduta para com os outros.

3.     HONRA: Ser honrado, por tradição, é o mesmo que ser honesto e ter a palavra como assinatura. Conquistamos honra agindo de forma honrada na expectativa de que os outros ajam da mesma maneira, mesmo quando suspeitamos que ficaremos desapontados. Frequentemente, isto significa seguir as regras, mesmo se elas são inconvenientes, embora possa haver situações em que a honra requer que a pessoa obedeça a uma lei mais alta. A Honra é um padrão de medida interno que nos prende a um código de conduta mais severo que quaisquer regras externas.

(continua...)

"O direito à literatura"(fragmento)

Apresentamos, de forma objetiva, a visão de Antônio Cândido, grande historiador, analista e professor de Literatura: (...) "Chamarei de...